quarta-feira, 25 de setembro de 2013

terça-feira, 24 de setembro de 2013

sábado, 21 de setembro de 2013

Roteiro Prelúdio da Solidão

1. Olha quantos - Lincoln Antonio sobre Stela do Patrocínio
2. Prelúdio #3 (Prelúdio da Solidão) - Heitor Villa Lobos, Hermínio Bello de Carvalho
3. Viola quebrada - Mario de Andrade
4. Rancho vazio - Anacleto Rosas Jr., Arlindo Pinto
5. Só solidão - Tom Zé
6. Poema: O Solitário - Friederich Nietzsche (in AGaia Ciência)
7. Peter Gast - Caetano Veloso
8. Bala Perdida - Douglas Germano, Marcia Fernandes
9. trecho de "Canção de Homens e Mulheres Lamentáveis" - Antonio Maria
"Não estou escrevendo para ninguém gostar ou, ao menos, entender. Estou escrevendo, simplesmente, e isto me supre: contrabalança, quando nada. Esta noite, esta chuva — e poderia escrever as coisas mais alegres, esta noite. Neruda, coitado, as mais tristes.
Só há uma vantagem na solidão: poder ir ao banheiro com a porta aberta. Mas isto é muito pouco, para quem não tem sequer a coragem de abrir a camisa e mostrar a ferida.
"
10. Por um amor no Recife - Paulinho da Viola
11. Saudade dos aviões da Panair - Milton Nascimento, Fernando Brant
12. trecho de "Retrospectiva" - Carl Jung (in Memórias, sonhos, reflexões)
"A solidão não significa a ausência de pessoas à nossa volta, mas sim o fato de não podermos comunicar-lhes as coisas que julgamos importantes, ou mostrar-lhes o valor de pensamentos que lhes parecem improváveis. Minha solidão começa com a experiência vivida em sonhos precoces e atinge seu ápice na época em que me confrontei com o inconsciente. Quando alguérim sabe mais do que os outros, torna-se solitário. Mas a solidão não significa, necessariamente, oposição à
comunidade; ninguém sente mais profundamente a comunidade do que o solitário, e esta só floresce quando cada um se lembra de sua própria natureza, sem identificar-se com os outros.
"
13. Ferida do Tempo - Francis Hime, Gianfrancesco Guarnieri, Heron Coelho
14. A Lua Girou - Domínio Público
15. trecho de "A terceira margem do rio" - João Guimarães Rosa (in Primeiras Histórias)
"Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem falou outras palavras, não pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa mãe, a gente achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou: — "Cê vai, ocê fique, você nunca volte!" Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim, me acenando de vir também, por uns passos. Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O rumo daquilo me animava, chega que um propósito perguntei: — "Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?" Ele só retornou o olhar em mim, e me botou a bênção, com gesto me mandando para trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai entrou na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo — a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida longa."
16. A terceira margem do rio - Milton Nascimento, Caetano Veloso
17. Poema Tecendo a manhã - João Cabral de Melo Neto
18. Primavera - Zé Miguel Wisnik
BIS
Luz Negra - Nelson Cavaquinho, Amâncio Cardoso

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Prelúdio da Solidão

Um novo espetáculo: outras canções colecionadas, bordadas com esmero no tecido fino do tempo.
Um amigo: Gustavo Sarzi, e suas mãos pequenas, limpas, repletas.
Um motivo: a solidão, incrustada nas paredes e árvores, no sol que banha a casa da mulher triste e sozinha.
Uma sorte: justo no início da estação, um começo alvissareiro.
Na procura do silêncio, ao encontro (sempre) do mínimo.
Venha abrir conosco a primavera.



Prelúdio da Solidão
Juliana Amaral e Gustavo Sarzi
21 de setembro de 2013, 17h.
Casa de Dona Yayá - Rua Major Diogo 353, Bela Vista, São Paulo
Mais informações: usp.br/cpc